quarta-feira, 25 de março de 2009

De Tailãndia

Do site da Polícia Civil do Pará, em 25.03.2009
Do Jornalista Walrimar
Policiais civis, da Delegacia de Tailândia, nordeste paraense, acreditam ter desvendado a morte do vendedor Marques Batista Ribeiro, funcionário de uma empresa de peças automotivas, de Marabá, sudeste do Pará. O crime teria sido motivado por uma dívida financeira. A vítima desapareceu em fevereiro e o corpo foi identificado no último dia 10. O suspeito de encomendar a morte do vendedor é José da Silva Lima, de 44 anos, conhecido por “Zé Neto”, que está preso em Tailândia. Conforme as informações divulgadas, nesta quarta-feira (25), “Zé Neto” foi preso em flagrante, no último dia 23, por receptação do carro usado pela vítima na época do crime. O veículo foi encontrado em uma oficina mecânica no município.
Conforme o delegado Fábio Veloso de Castro, de Tailândia, em 22 de fevereiro deste ano, a Polícia Civil foi comunicada através de Boletim de Ocorrência sobre o desaparecimento do vendedor. A vítima veio de Marabá, onde morava, para Tailândia, seis dias antes de sumir. O objetivo de Marques era cobrar o pagamento de um trator de sua propriedade vendido ao acusado. Marques não retornou para casa nem foi mais visto. O carro usado pela vítima, de marca Gol, placa NGH 6309, registrado em nome da empresa “Mônaco Distribuidora de Peças”, em que a vítima trabalhava, também sumiu. Diante das informações, o delegado determinou instauração de inquérito para iniciar as investigações com a meta de localizar o vendedor. Dois dias depois, a equipe formada pelos investigadores Márcio, Nilton, Donato e Sousa, apresentou o acusado ao delegado ainda na condição de suspeito.
Com ele, os policiais encontraram uma motocicleta de marca Honda, placa JVA 4698, roubada em 10 de maio do ano passado e adquirida por “Zé Neto”. Ele foi autuado em flagrante por receptação da moto roubada. No bolso dele, os policiais encontraram o documento original do carro Gol desaparecido, o que levou o delegado a suspeitar que o preso teria relação com o desaparecimento de Marques. Interrogado, o acusado confirmou que esteve com o vendedor, mas negou envolvimento no desaparecimento dele. Ele afirmou ainda, na ocasião, que o documento do veículo estava em seu poder, porque Marques pretendia trocar o carro que conduzia por madeira. ”Zé Neto“ ficou preso na Delegacia da Polícia Civil de Tailândia, enquanto a equipe policial realizava as investigações sobre o fato.
No último dia 4, “Zé Neto“ foi solto em função de um Alvará de Soltura, expedido pela Justiça, para que respondesse em liberdade pelo crime de receptação. Na segunda-feira passada, “Zé Neto“ foi visto em uma oficina mecânica, no bairro Vila Macarrão, subúrbio de Tailândia. Ao tomar conhecimento do fato, o delegado Fábio Veloso de Castro e equipe foram até o local e alo encontrou o pintor de veículos Gilmar de Oliveira, que realizava um serviço a mando do acusado, para mudar a pintura em um carro. Ao verificar o veículo, os policiais constataram de que se tratava do carro usado por Marques ao desaparecer. Assim, os policiais foram à casa de ”Zé Neto“ para prendê-lo.
Na casa dele, os policiais apreenderam a frente do aparelho de som do carro usado pela vítima. Questionado, o preso confessou ter contratado um pistoleiro de pré-nome Francisco, para matar Marques. Segundo ele, o vendedor ainda chegou a dar carona no carro ao criminoso. A vítima foi morta na zona rural de Goianésia do Pará, com um tiro no rosto, enquanto retornava para Marabá. Após o crime, o carro foi entregue pelo pistoleiro a “Zé Neto”. Na ocasião, “Zé Neto” foi autuado novamente em flagrante por receptação e adulteração de sinal identificador de veículo automotor. No dia 10 de março, o corpo de Marques Ribeiro foi identificado em um necrotério. O inquérito foi instaurado pela Polícia Civil de Goianésia do Pará, para apurar o assassinato do vendedor.

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